quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Colômbia é um dos países que se destaca na recuperação econômica da AL

Já é muito corriqueiro ouvir por aí que o Brasil foi o último a mergulhar na crise financeira e o primeiro a sair dela. Mas a Colômbia também dá mostras de que se saiu bem. A agência de classificação de risco Moody ‘s publicou relatório na semana passada em que faz boas avaliações sobre a recuperação econômica da América Latina e inclui o país de Álvaro Uribe como um dos que está emergindo da recessão e que na próxima década entrará em um novo ciclo de expansão, junto com o Brasil, Peru e Chile.

De acordo com o diretor do Escritório Comercial do Governo da Colômbia (Proexport), Carlos Rodriguez (foto), seu país atravessa hoje uma fase de grandes transformações produtivas com vários setores da economia contribuindo para a reação da colômbia, diante da crise. “Setores como o de TI, Biocombustíveis, Cosméticos, Indústrias Gráficas, Energéticos e Turismo de Saúde se destacam”, disse ao DT.

A Colômbia experimenta um aumento significativo nos investimentos internacionais na área de hotelaria. Em 2002, os recursos estrangeiros no setor somavam US$ 2 milhões e, este ano, devem atingir em torno de US$ 700 milhões. Nos últimos sete anos, os investimentos internacionais no setor hoteleiro daquele país subiram 189%.

Juan Carlos González vice-presidente de Investimentos Estrangeiros da Proexport Colombia, quando participou da 2ª Conferência Sul-Americana de Investimentos em Hotelaria e Turismo, no mês passado no Rio de Janeiro, disse ao DT que existe um trabalho conjunto empreendido entre a Colômbia e o Brasil na promoção de exportações, investimentos e turismo. "O Brasil é um país prioritário para nós e desde o ano passado, não há necessidade de apresentação de passaporte entre os dois países, o que facilita muito o trânsito de colombianos e brasileiros”, disse à reportagem. Do mesmo modo, o aumento das freqüências aéreas contribuiu para incremento do turismo nas duas nações.

Hoje, as companhias aéreas que ligam o Brasil a Bogotá são Avianca, LAN Airlines, Gol e TACA.

Benefícios fiscais

Rodriguez apontou ainda benefícios fiscais que fazem os investidores apostarem na Colômbia. “Qualquer investimento hoteleiro hoje tem 30 anos de isenção de imposto de renda. Várias redes internacionais se instalaram nos últimos dois anos na Colômbia, entre elas a Marriott que foi inaugurado agora, em setembro”, disse ao DT.

Empresas que se instalam nas terras de Gabriel Garcia Marquez e que garantam investimento mínimo com geração de empregos, que variam de acordo com o setor, têm a alíquota reduzida de 33% para 15% por até 30 anos.

Turismo

E o turismo não ficou para trás. A chegada de estrangeiros à Colômbia em 2008 foi de aproximadamente 1.451.milhão de visitantes e em 2009 estima-se que chegue a 1.625.000, cerca de 11% de crescimento.

Trabalhamos os dois tipos de turismo, o corporativo e o de lazer. Temos, por exemplo, em Cali, o maior centro de Convenções da América Latina, com capacidade para receber 6 mil pessoas só no salão principal, e temos uma jóia chamada Cartagena, cujo conjunto arquitetônico colonial é considerado patrimônio da humanidade pela Unesco, situa-se no litoral caribenho e é o principal destino turístico de lazer do país”, descreve Rodriguez.

Investimentos

Em 2008, a Colômbia recebeu aproximadamente 8 milhões de dólares em investimentos estrangeiros diretos, 323% superior aos números de 2002, quando o governo colombiano deu início a um combate intenso ao narcotráfico e à guerrilha que dominavam o país. Naquele ano, havia 3 mil sequestros por ano em território colombiano.

Respaldando todas esses fatos positivos, a Colômbia foi classificada pelo relatório "Doing Business", do Banco Mundial como o segundo melhor ambiente para se fazer negócios da América Latina - atrás do Chile - e o 53º em todo o mundo. O Brasil ocupa, respectivamente, a 10ª e a 125ª colocações em um ranking de 181 países datado de 2009.

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