segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Diário entrevista as idealizadoras do Festival de Gramado, Marta Rossi e Silvia Zorzanello

Faltam menos de duas semanas para começar a 21ª edição do Festival do Turismo de Gramado e a bela cidade gaúcha se movimenta para receber o que há de melhor na atividade turística brasileira. Evento que prima pela qualidade e que objetiva a concretização de bons negócios, o Festival de Gramado reunirá de 19 a 22 de novembro mais de 2.600 marcas, operadores, agentes de viagem, executivos, empresários e imprensa. São esperados 13 mil profissionais, com participação de trinta países e praticamente todos os estados brasileiros. As idealizadoras do Festival, Marta Rossi e Silvia Zorzanello, atenderam a solicitação do Diário do Turismo e gentilmente concederam esta entrevista, em que revelam maiores detalhes dessa empreendimento que tem como sinônimos as palavras trabalho e sucesso.


Diário - Gramado, por sua própria essência e tamanho, prima pela qualidade em detrimento da quantidade. Isso se aplica também ao Festival?


SILVIA - Aplica-se sim. Trabalhamos 21 anos para sermos o melhor evento e não o maior, sempre mantendo a característica de evento profissional, proporcionando a oportunidade da realização de bons negócios.




Diário - Quais são as novidades para esse ano do Festival do Turismo de Gramado?


MARTA - As novidades desse ano são o Salão do Turismo GLS, a nova área Destinos em Destaque (que apresentará a África do Sul e a Famrus, entidade que congrega os municípios do nosso estado), e o Encontro de Turismo Religioso. Além disso, o Festival se tornou palco para grandes lançamentos, porque os produtos aqui lançados são bem sucedidos. Esse ano, por exemplo, o Ministério do Turismo lançará o Portal do Projeto Economia da Experiência. E a Federação Nacional de Hotéis, Restaurantes,Bares e Similares (FNHRBS) junto com o Instituto Marca Brasil escolheu nosso evento para lançar o pioneiro Sistema de Gestão e Reserva 100% On-line.




Diário - Como é viver essa percepção européia de Gramado? Você sente saudades da cidade quando viaja?


SILVIA - Viajamos muito a trabalho fazendo contatos para o evento. Mas mesmo em viagens de lazer, a comparação de Gramado com outros centros turísticos é inevitável. A saudade até pode ser a causadora da conclusão, mas realmente aqui o turismo foi organizado e cresceu em bases sólidas.




Diário - Qual sua percepção no quesito amadurecimento do Festival?


MARTA - O Festival tem amadurecido a cada ano, porque Silvia e eu estamos atentas ao mercado. Viajamos muito e participamos de feiras buscando saber o que acontece. Na verdade, estamos em permantente atualização. Some-se a isso, o rigor que temos na condução do evento, para que ele não perca o seu foco - que são os negócios -, e mais a personalização dos serviços que oferecemos aos nossos clientes. É preciso considerar que à medida que o evento oportuniza resultados satisfatórios, ele naturalmente amadurece e vai abrindo as portas por si só. Quem nos acompanha há 21 anos sente prazer em relembrar esta história de susesso e suas diferentes etapas. História essa que não pertence à Marta e à Silvia, mas sim, ao turismo brasileiro.




Diário - Quais os principais parceiros do Festival do Turismo de Gramado?


SILVIA - O Ministério do Turismo, a INFRAERO, a Bancorbrás e a Prefeitura de Gramado.




Diário - A senhora participou na semana passada da reunião ordinária da Comissão de Turismo de Desporto (CTD) Câmara dos Deputados. Qual foi o assunto debatido?


MARTA - Participei como convidada, com o propósito de oficializar o convite aos deputados integrantes da comissão, para que venham ao Festival do Turismo de Gramado e acompanhem de perto as ações da iniciativa privada e governo, que buscam cada vez mais a sincronia para o desenvolvimento desta importante atividade econômica.




Diário - Percebe-se que Gramado e região não possuem problemas inerentes de várias regiões e cidades brasilerias? Você se sente privilegiada?


MARTA- Sim, me sinto previlegiada. Mas por outro lado, com uma responsabilidade muito grande, porque se hoje desfrutamos de excelente qualidade de vida, segurança, etc, este trabalho se deve aos nossos bisavós, avós e pais que, com mão firme, trabalharam e embelezaram este município. Temos portanto a obrigação de buscar resultados ainda maiores, ou no mínimo mantê-los como estão, para que nossos filhos possam usufruir dos mesmos privilégios que tivemos. Temos a responsabildade também de exigir, daqueles que adotam Gramado para viver, que assumam as mesmas responsabilidades que temos para com a nossa comunidade. Quem aqui vive tem obrigação de se integrar e rezer pela nossa cartilha.




Diário - O universo, a economia, o tempo e praticamente tudo o que se tem notícia, até nossa própria noção de Deus, são compostas por dualidade. Como é trabalhar assim, juntas?


SILVIA - Trabalhamos juntas antes no Hotel Serrano. Quase 22 anos como empresa e tivemos pouquíssimos atritos. Posso dizer que nos ajustamos perfeitamente porque sempre respeitamos a individualidade uma da outra.




MARTA- Prazeroso. A dualidade, exige amaurecimento, sabedoria, postura. A dualidade na mesma proporção em que nos faz humildes, nos transforma em força. A dualidade nos permite ir além. Deve ser triste e vazio viver com respostas absolutamente exatas sobre tudo e todos. Particularmente, gosto de desafios e não sei viver sem eles. A dualidade permite isso.

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