quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Operadora Axe Brasil oferece o sonho Europeu para quem mora no Nordeste

Milão é um dos principais centros financeiros da Europa com destaque para a beleza da catedral gótica Duomo, construída no século XIV

Aquele transtorno de ter que voar do Nordeste para Guarulhos (SP) ou Galeão (RJ) para depois, desses aeroportos, se conectar com a Europa é agora uma mera questão de gosto. Perde tempo (e dinheiro) quem quer. A operadora Axe Brasil, que mantém um relacionamento comercial consolidado com as companhias aéreas Livingston e Air Italy oferece a quem mora em Salvador, Porto Seguro, Natal, Maceió e Fortaleza cinco voos semanais para o centro da Europa, a charmosa cidade de Milão.
“Com a Livingston operamos em Salvador, Porto Seguro, Natal, Maceió e Fortaleza. Com a Air Italy atuamos em Salvador, Porto Seguro e Natal”, adianta por telefone ao Diário do Turismo, o diretor geral do Gruppo Axé Brasil, Americo Risotto (foto).
“Todos os voos partem de Milão, com exceção dos (voos) de Fortaleza, que também partem de Roma, fazendo o trecho Milão – Roma – Fortaleza – Roma e Milão”, detalha o executivo.
A Axe Brasil, com sede na cidade italiana, mantém um acordo com essas companhias aéreas e reserva parte dos assentos das aeronaves (Part Charter), que possuem voos de linha regular ao Brasil.
"Nosso projeto, denominado “Voos Axe’, potencializa o fluxo já consolidado do Mercado Italiano com o potencial do Mercado Brasileiro, possibilitando se chegar a Itália diretamente do Nordeste, economizando tempo e dinheiro”, completa Risoto que é Italiano, mas tem um excelente Português.
De acordo com o diretor, o fluxo de passageiros brasileiros nos voos da Axe Brasil vem potencializando ainda mais as operações, que permitem um forte tráfego turístico para o Brasil. “Para se ter uma idéia, temos em média de 360 a 420 lugares semanais nas aeronaves, variando o período da operação”, quantifica o diretor.
Este sucesso tem várias explicações, de acordo com Risotto. Uma delas é a localização estratégica da Itália, com sua base operativa em Milao, que oferece inúmeras conexões para a Velha Europa como também para todos os paises do Leste Europeu, abrindo assim as portas diretamente para outros mercados em rápido crescimento.
“É surpreendente a receptividade do produto Brasil em mercados da Europa Oriental. No início deste ano nossa operadora fez uma apresentação em Sofia, capital de Bulgária – ocasião que tivemos o apoio da Secretaria de Turismo de Alagoas e a Bahiatursa – o resultado foi fantástico!” comemora o executivo lembrando que a partir daí o fluxo de passageiros utilizando os serviços da operadora aumentou exponencialmente.


Family Plan
Nunca ficou tão fácil viajar para a Europa com a família partindo do Nordeste. “Uma outra vantagem dos voos operados pela Axe Brasil são os planos com tarifas especiais. Um deles é o Family Plan que procura incentivar as viagens em família. Crianças com até 12 anos, pagam entre 50 e 75% do valor do adulto com todos os serviços incluídos”, explica Flávia Costa, diretora da Interlandi Viagens e Turismo e representante do Gruppo Axe em Porto Seguro, na Bahia.
“Para o período de Reveillon serão lançados pacotes promocionais com voos saindo do Brasil entre os dias 20 e 30 de dezembro, com duração de 13 noites na Europa com valores de 480 euros + taxas”, adianta Flávia.


Sobre Milão
Milão é um dos principais centros financeiros e de negócios da Europa. A cidade é a sede da Bolsa de Valores Italiana (o Piazza Affari) e sua área metropolitana é uma zona industrial de vanguarda. A Fiera Milano é um centro de exposições e feira de comércio notável. Este complexo moderno, no subúrbio noroeste de Milão é o maior projeto de construção aberto da Europa, fazendo da Fiera Milano o maior complexo de feiras e exposições do mundo. Milão, em conjunto com Paris, é uma das capitais mundiais da moda. A cidade é também uma das mais ricas na União Européia.

A beleza exuberante do Duomo (foto acima), maior catedral gótica da Itália é de tirar o fôlego. Sua construção, que durou 500 anos, começou no século XIV e objetivava abrigar toda a população da cidade, àquela época em torno de 40 mil pessoas. Por isso o nome “Duomo” de Milão, que significa Casa de Milão. Ela possui 157 metros de largura e 400 estátuas.

Em sua fachada estão representados todos os estilos que surgiram durante sua edificação: o barroco, o neoclássico e o gótico. Na parte superior se encontra a estátua da Madonna, conhecida popularmente como Madonnina. Além de visitar a nave principal, vale a pena conhecer a cripta e o Museu da Duomo.


Serviço:
Voos para Milao – Axé Brasil – Interlandi OperadoraTel.: (73) 3575-1765 (73) 3575-1765 Email: reservas@interlandi.com.brsalesbrasil@gruppoaxe.com

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Cônsul de Turismo da Espanha fala ao Diário do Turismo

É sempre um prazer falar da Espanha por sua força turística e sua influência na cultura americana, inclusive no Brasil. A Espanha é um país de grande diversidade, que oferece ao visitante paisagens magníficas, praias e cidades pulsantes. História e futuro se entrelaçam em um mesmo país. Uma das principais autoridades do país de Cervantes no Brasil é Belén González Del Val, Cônsul de Turismo da Espanha e diretora do Centro Oficial de Turismo Espanhol de São Paulo. Um dos seis países mais visitados do mundo, de acordo com o ranking do 3º Relatório de Competitividade em Viagem e Turismo da OMT, a Espanha recebeu no ano passado 57,4 milhões de turistas.
Belén recebeu o jornalista Paulo Atzingen, diretor do Diário do Turismo para uma entrevista na sede do Centro Oficial de Turismo e falou sobre o crescimento do número de turistas brasileiros em seu país, sobre a vocação que Madri tem para eventos e sobre suas tradições gastronômicas. Acompanhe abaixo a entrevista completa:

Diário - Recentemente foi divulgado um número de que a Espanha recebeu nos primeiros nove meses de 2009, “apenas” 37 milhões de turistas, cerca de 10% abaixo dos números do ano passado no mesmo período. Ao que se explica isso?
Belén González Del Val
Os mercados da Europa são os que mais sofreram com a crise financeira mundial, em especial o mercado britânico com a perda de valor da libra, como também o mercado alemão que sofreu diretamente o efeito da crise e pela tradição, os alemães deixam de gastar, na eminência de crise. No entanto, no último trimestre estamos em processo de recuperação. Só em Madri, de janeiro a setembro deste ano, recebemos 90 mil turistas brasileiros, um incremento em torno de 30% em relação ao mesmo período de 2008.

Diário – E Quanto ao mercado brasileiro?
Belén
Estamos muito satisfeitos que o número de turistas brasileiros na Espanha está crescendo. Nos últimos nove meses tivemos um crescimento em termos percentuais de 5% no número de turistas. É preciso frisar que este número se refere ao número de turistas e não de excursionistas (pessoas que não pernoitam), que também está crescendo. O número de pernoites, por exemplo, cresce de quatro a seis em média. Somos um dos cinco destinos mais visitados da Europa.

Diário – Foi assinado recentemente um acordo entre as cidades de Madri e São Paulo. A senhora poderia dar mais detalhes?
Belén
É um acordo muito bom para os destinos, basicamente porque acontece em bases de reciprocidade na utilização de espaços publicitários públicos. De tal maneira que a cidade de São Paulo poderá utilizar espaços de promoção na cidade de Madri e nossa capital poderá fazer o mesmo aqui em São Paulo. Como a cidade hoje tem uma lei excepcional chamada “Cidade Limpa”, essa divulgação se prenderá aos relógios digitais – cerca de 300 - que estão distribuídos em várias regiões da capital paulista.
Além disso essa parceria contempla uma série de ações de capacitação e intercâmbio de informação.

Diário – São Paulo tem como uma de suas características o pastel de feira, situação perfeita em que se pode observar a alma paulistana. O que representa a alma madrileinha, em especial a alma gastronômica de Madri?
Belen
As tapas, evidentemente, e essa iguaria está atualmente na vanguarda gastronômica de Madri, pois vários chefes estão se dedicando a criar novos formatos, temperos, sabores. É preciso dizer porém que em Madri, como São Paulo, existe todo tipo de gastronomia, por absorver pessoas de todas as regiões, ou seja pode-se comer praticamente tudo da Espanhae do mundo em Madri.
Temos um prato mais tradicional chamado cozido madrilenho, herdado de nossos avós. É a combinação de grão de bico, carnes, lingüiça, legumes, um prato muito completo.

Diário – Madri é uma cidade com vocação para todo tipo de turismo, está incluído aí o turismo de negócios?
Belén
Não só Madri, mas toda a Espanha tem uma infra-estrutura muito boa para realizar eventos de qualquer envergadura. Temos um excelente sistema de comunicação terrestre – em que se destaca o aeroporto internacional Madri-Barajas, além de uma qualificada infra-estrutura hoteleira com tradição centenária. Sem falarmos de sua ampla oferta cultural e entretenimento que fazem de qualquer evento de negócios ser um sucesso.

Diário – Aquele mal estar diplomático que ocorreu há um ano atrás já foi superado?
Belén
Tenho que dizer que as pessoas precisam saber que a Espanha tem os requisitos tradicionais de entrada, que são iguais na França, na Alemanha, enfim, qualquer outro país. É preciso que fique claro que quando se entra em um país estrangeiro os requisitos exigidos por aquele país devem ser atendidos.
Temos a obrigação de aplicar esse controle de entrada com rigor. As autoridades espanholas e brasileiras entraram em ação para equacionar o problema. Algumas medidas para agilizar o procedimento de checagem de documentação foram tomadas e foi reduzido drasticamente o número de situações.

sábado, 28 de novembro de 2009

Viva o povo da Bahia, viva a hospitalidade!


Por Paulo Atzingen


Salvador - O que tem caracterizado essa passagem por São Salvador é o contato com as pessoas; os negrões e mulatas, taxistas e cobradores de ônibus, garçons e balconistas dessa Bahia de Todos Os Santos, exaustivamente narrada e descrita na prosa de Jorge Amado, das décadas de 50 e 60, com seus estivadores e prostitutas que gravitavam em torno do Mercado Modelo. Hoje, sem puritanismo, diminuíram os estivadores e as meninas de programa estão um pouco menos camufladas, mas o espírito afetuoso do baiano que não liga para a crise do mundo e para a lama do cerrado, continua como um modelo para o Brasil.


Em que pese a difícil situação socioeconômica do Estado e das dificuldades traduzidas na vida prática do povo baiano, o espírito carnavalesco – embora enrustido no peito do soteropolitano que tem que levar o pão para casa todo dia – se aflora em sorrisos e bem tratar quando perguntamos: “Que ônibus vai para Itapuã?” Com aquela luminosidade peculiar do baiano (o sotaque é menor ao ouvido comparado há 20 anos atrás, quando aqui estive pela primeira vez, afinal a Bahia também experimentou o fenômeno da coisificação cultural), me respondem, assim meio rindo, assim meio cantando: “Pegue o Lapa ou o Flamengo que o senhor chega lá”.


Agradeço, no mesmo instante em que uma morena baiana que estava no ponto, e ouviu a conversa, acrescenta que havia outras opções de praia e me recomenda não ficar em Itapuã em dia de feriado nacional, mas ir adiante, para a praia do Flamengo.

Como são agradáveis os baianos! Não economizam em informar e - ao contrário do que se apresenta na crítica etnográfica – procuram a precisão. Não estão com pressa e isso quer dizer que se importam, pelo menos naquele instante, com as pessoas.

“Não vote em branco”

Com o novo calção de banho e a metade do dia para vadiar chego a Itapuã. A praia idealizada por Toquinho e Vinícius não é mais a mesma, pelo menos em dia de feriado nacional. Salvador é hoje a terceira maior metrópole brasileira em números de habitantes e os meninos, conta-me a vendedora de acarajé, estão nascendo e sendo criados pelas mães ou pelas avós. O congestionamento de vendedores de picolé capelinha, birinigth, queijo assado ao melaço da cana, entalhes em madeira, camisetas estampadas, penduricalhos de coco, balangandãs de prata e ostras com limão e sal mostra a luta do povo baiano para a sobrevivência em detrimento dos governos que têm. Antes o congestionamento de ofertas e produtos do que o congestionamento de carros e inércia.


O rastafari, retinto como a asa da graúna, passa com uma camiseta branca com letras escuras garrafais: “Não vote em branco”. E me abre um sorriso para conquistar freguês europeu. Nessa inter-racial São Salvador, onde a cor do mar, do sol e do som prevalecem, a mensagem é para não pensar-pensando, nesses dias que antecedem as eleições de 2010. Piriripororó, piriripororó piriripororó! canta o vendedor de queijo com sua panela de pressão carregada de brasa e carvão. Espanta a tristeza enquanto atrai freguesia com seu jeito garoto de comerciante. Piriripororó! Vende quatro, cinco, seis espetinhos de uma só vez para um grupo de turistas. Vai pela areia cantarolando feliz o seu mantra de sobrevivência: piriripororó, piriripororó, piriripororó...e se perde na direção do farol.

Começa um sururu. E a turma do deixa-disso logo aparece apartando os briguentos. Imediatamente sai da cena musical Toquinho e entra o Gil com seu Domingo no Parque. “Lá perto da Boca do Rio foi que ele viu Juliana na roda com João”. É briga política de cabos eleitorais? Não, é desavença passional. Paro na baiana e almoço um acarajé com pimenta e, como sobremesa, um pastel de queijo provolone. Sacramento a síntese gastronômica de meu estômago e do meu país. A baiana me trata cordialmente e pergunta se quero outro acarajé ou um vatapá; agradeço e saio bebendo minha água de coco, com uma sensação de ser bem atendido. O barraqueiro me traz a cadeira, o guarda-sol e o álbum de fotografias de um passeio que fez a Itaparica com a família. Isso é para me sentir em casa, e me senti.

Essa hospitalidade para os sismógrafos técnicos do turismo, pode parecer resultado de programas de formação de receptivo, financiado por algum órgão fomentador de normas e condutas. Pode ser, mas não é. Esse modo espirituoso, alegre, por vezes debochado de tratar bem um ser humano (seja ele repórter, turista, executivo, mineiro ou capixaba, inglês ou croata), é parte integrante da terceira veia que irriga o coração brasileiro, e em especial o do soteropolitano, que quer dizer povo da Bahia. Viva o povo da Bahia, viva a hospitalidade!

Serviço:
O quê: Bahia de São Salvador
Quando: O ano inteiro
Endereço: Costa Nordeste do Brasil
Patrocínio: Sol, praia, mar e vento
Realização: Todos os Santos

Direção Geral: Jesus Cristinho

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Voos da Lan para Punta Cana são um sucesso: 80% é a média de ocupação

Com esta vista de Punta Cana, argumentos são dispensáveis para chamar os turistas à República Dominicana

A República Dominicana pode se considerar um país privilegiado. Primeiro, tem um clima iluminado que 99% dos turistas do mundo adoram. Segundo, tem um povo hospitaleiro e um colar de praias que adornam seu litoral inconfundível e, terceiro, possui nada menos que cinco companhias aéreas que a conectam com o nosso Brasil brasileiro: Taca, Avianca, CopaAirlines, Gol e Lan.


Nesta terça (24), o Escritório de Promoção Turística da República Dominicana realizou um evento no hotel Jaraguá, no coração de São Paulo, para comemorar o sucesso do voo da Lan de São Paulo para Punta Cana (com escala em Lima, Peru), que começou em setembro. Operadores, agentes de viagens e imprensa especializada prestigiaram o encontro.


“Alcançamos a ocupação média de 80% nesses dois meses, levando principalmente paulistas, mas queremos ampliar essa demanda regional”, adiantou ao DT o Diretor Geral da Lan no Brasil, Jaime Fernandez. Os voos da Lan ocorrem duas vezes por semana (às quartas e aos domingos).
De acordo com Nodália Arias, assessora de promoção turística do Escritório de Promoção do país caribenho no Brasil o voo é um sucesso porque o destino final é Punta Cana. “Punta Cana é o destino de férias mais popular da Repúblida Dominicana, com completa infra-estrutura e tudo o que um visitante procura, combinado com praias maravilhosas”, disse Nodália ao DT.


“Nossa expectativa é que até o final do ano 20 mil brasileiros pisem nas areias da República Dominicana”, completou a executiva.


Os preços da passagem São Paulo – Punta Cana (com conexão em Lima) são U$ 784 (na baixa estação) e U$ 1184 (na alta)


Uma radiografia de Punta Cana
Banhada pelo mar caribenho, Punta Cana, encravada na cota leste da República Dominicana é um paraíso. Luxo e conforto dos resorts all inclusive se misturam à uma natureza exótica e praias desertas. Hoje, Punta Cana é um dos complexos hoteleiros mais buscados pelos turistas do mundo inteiro, e aqui incluem-se os brasileiros.
Punta Cana tem um litoral com cerca de 50 quilômetros de praias ininterruptas e um recife de corais de cinco quilômetros de extensão, o que torna a região ideal para a prática de mergulho. As suas praias principais são: Bávaro, Arena Gorda, Cortecito, Cabeza de Toro, Punta Cana y Macao.


Roteiro do voo
Na ida, às quartas e aos domingos, o voo LA 2764 decola de São Paulo (Guarulhos) às 9h25 e chega a Lima às 11h45. O LA 2594 parte de Lima às 12h45 e aterrissa em Punta Cana às 18h45. A volta acontece às quartas feiras, com partida do LA 2595 de Punta Cana às 17h40 e aterrissagem em Lima às 21h55. O voo LA 2765 da capital peruana para a capital paulista sai a 00h50 (+1) e chega às 7h40 (+1), em Guarulhos. Aos domingos, o LA 2765 (Lima/São Paulo) tem o mesmo horário. Já o LA 2595 decola de Punta Cana às 13h45, e chega a Lima às 18 horas.
(Redação do Diário do Turismo)

domingo, 22 de novembro de 2009

Embate técnico mostra disparidades abissais entre Anac e Snea

Presidente da Anac defende a liberalização tarifária em nome do crescimento da aviação brasileira, enquanto o presidente do Snea vê sérios riscos às companhias aéreas brasileiras que podem quebrar

Por Paulo Atzingen*

O último painel de debate no 21º Festival do Turismo de Gramado “Guerra Tarifária estimulando a competitividade” serviu para uma coisa: deixar no ar dúvidas ainda maiores sobre a futura liberação das tarifas aéreas, prevista para 23 de abril do próximo ano. De um lado, a presidente da Agência Nacional de Aviação Civil, Solange Vieira que é a favor da desregulamentação das tarifas e, de outro, o presidente do Snea – Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias, José Márcio Monsão Mollo que vê com isso sérios riscos à sobrevivência das companhias aéreas brasileiras. O Snea é a entidade máxima representativa das empresas aéreas que operam no Brasil.

Mollo, que abriu o painel, apresentou dados alarmantes, mas já de conhecimento de quem trabalha no setor: “As empresas aéreas brasileiras comprometem cerca de 32% de sua receita bruta com a carta tributária, contra 26% das concorrentes do Reino Unido, e 23% para as companhias aéreas americanas,”, esses números, logo de cara, segundo Mollo, colocam em condições totalmente desiguais no mercado aéreo as companhias brasileiras. “Além disso, continuou ele, nosso país é responsável apenas por 1,4% do mercado mundial de aviação. Essa pequena escala aumenta os custos para a aquisição de aeronaves, peças de reposição e negociações de seguros”, disse.

Segundo o presidente do Snea, a esses fatores se somam a deficiente infra-estrutura do setor aeronáutico e aeroportuário do Brasil que não se adequou ao crescimento elevado da demanda, o que aumenta os custos das empresas aéreas brasileiras. “Os custos das operações financeiras para as empresas nacionais são mais altos devido às condições do mercado nacional, principalmente as altas taxas de juros”, disse depois ao DT. “O mercado brasileiro tem uma importância marginal para as grandes companhias aéreas internacionais que possuem lastro suficiente para impor o preço que querem aqui, inviabilizando a atuação das aéreas nacionais”, complementou.

“Se houver liberdade tarifária, como as empresas estrangeiras são mais fortes, com mais disponibilidade de aviões, créditos, e custos menores, em um primeiro momento os usuários ficarão muito satisfeitos com a queda dos preços. Mas em um segundo momento, a empresa brasileira será eliminada no mercado internacional, porque não conseguirá competir”, falou ao Diário.

Tempo e Combustível - Mollo aproveitou também para fazer um alerta quanto à infraestrutura dos aeroportos brasileiros que não estão acompanhando o vertiginoso crescimento das empresas aéreas. Ele deu um exemplo muito didático: "Há vários anos, um voo na ponte aérea Rio-São Paulo em um Electra durava em média 50 minutos. Hoje, mesmo com os jatos supersônicos que possuímos, levamos o mesmo tempo ou até mais. Os aviões ficam dando voltas no céu esperando esperando a autorização de pouso, gastando tempo e combustível", disparou.

Para a presidente da Anac, Solange Vieira, a liberação de tarifas é uma ação que cumpre a determinação da lei e que representará um benefício aos passageiros, estimulando a competição entre as companhias. Solange apresentou vários quadros mostrando a diferença de mercado entre os Estados Unidos e o Brasil, e aproveitou para defender a liberação tarifária: “Nos Estados Unidos as companhias aéreas tiveram lucros de 18 bilhões de dólares no último ano a partir da flexibilização”, contabilizou. Segundo ela, as empresas aéreas latinoamericanas também tiveram um crescimento de volume de passageiros em 2008, significativo, o que justifica a liberação tarifária. “O grupo Gol e o grupo TAM tiveram, respectivamente, 37,2% e 18,8% de crescimento no volume de passageiros após a flexibilização”, disse.

“Nossa expectativa é que as companhias brasileiras cresçam de tamanho, e novas aéreas possam se beneficiar com isso”, disse Solange Vieira em entrevista ao DT. Ao ser questionada sobre a questão de infraestrutura falou: “Acho que não podemos inibir um setor que está gerando resultados tão positivos, como é o de aviação. Temos que ir nos adaptando”, contemporizou.

Ao final, Solange Vieira lembrou que os números apresentados recentemente pela Anac de um crescimento da demanda dos voos nacionais em torno dos 42%, em relação ao mesmo período ano passado, não se aplicam aos aeroportos de Congonhas, Guarulhos e Santos Dumont. "Esses números não se referem a esses aeroportos, pois não houve liberação de mais vôos", garantiu a presidente da agência.

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* O jornalista Paulo Atzingen viajou ao Rio Grande do Sul a convite dos organizadores do Festival do Turismo de Gramado

sábado, 21 de novembro de 2009

Ministro Barretto, em Gramado: "não devemos mais ter uma visão reducionista de país”

Gramado - O ministro do Turismo, Luiz Barretto em seu pronunciamento na abertura do Festival do Turismo de Gramado, que ocorre na cidade da Serra Gaúcha (RS), fez uma ampla exposição dos desafios do Brasil para os dois grandes mega-eventos que o espera: Copa de 2014 e Olimpíadas 2016. “O futuro do turismo no Brasil necessariamente passa pela Copa do Mundo e pelos Jogos Olímpicos. No entanto, não devemos achar que esses eventos por si só resolverão todos os problemas do país”, disse para um auditório lotado de profissionais do turismo, políticos e autoridades da região, entre eles o deputado Afonso Hamm, presidente da Comissão de Turismo na Câmara Federal e Rita Vasconcelos, presidente da Associação das Agências de Viagens do Rio Grande do Sul.
Barreto, como não poderia deixar de ser, falou de números e de números grandes: “Teremos uma audiência de 25 bilhões de pessoas assistindo-nos durante os jogos Olímpicos e Paraolímpicos. Atrairemos 500 mil
turistas na Copa e teremos um aumento de 15% do fluxo de turistas durante as Olímpíadas, antecipou o ministro.
“Temos que, no entanto, nos fazer a pergunta: que imagem do Brasil queremos projetar no cenário internacional e para os brasileiros? Provocou. “É o momento de combatermos os estereótipos de país que até então se resumia a samba, carnaval e futebol”. Hoje somos produtores de biocombustível, somos os melhores em pesquisas oceânicas de petróleo, temos uma capacidade inventiva formidável. Não devemos mais ter uma visão reducionista de país, mas ampliar nossa presença no mercado
global, como fez a China”, disse Barretto, lembrando que o país asiático aproveito os jogos Olímpicos em 2008 para mostrar sua pujança e modernidade.
Luiz Barreto não deixou de lembrar que os mega-eventos não resolverão os problemas brasileiros. “Temos desafios de décadas! Não espere que o Brasil realize uma copa germânica, teremos uma copa brasileira”, disse.
Transparência – O governo do Rio de Janeiro quer dar visibilidade e transparência aos gastos da Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016, através de canais abertos ao público interessado. Indagado pelo Diário do Turismo se isso aconteceria com as ações do governo, Barretto disse que o governo irá lançar dois portais. “Nós vamos fazer a mesma coisa. O presidente Lula vai anunciar em dezembro dois portais da Transparência, em relação aos jogos Olímpicos e a Copa do Mundo. Tudo o que se relaciona a esses eventos vão ter um portal específico com todas as informações, inclusive com uma matriz de responsabilidade, deixando claro quais são as responsabilidades da prefeitura, do estado, da iniciativa privada e do governo federal.
Questionado pelo DT sobre as responsabilidades das verbas do Prodetur, Barreto foi claro: “a realização do Prodetur e a gerência dos recursos liberados pelo BID são dos estados e dos municípios. Essa pergunta deverá ser feita a essas instâncias”, respondeu. (Paulo Atzingen)

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* O Jornalista Paulo Atzingen viajou a Gramado a Convite do Festival

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Festival de Gramado terá workshop sobre Provence e a Rota dos Pintores



Durante o 21º Festival do Turismo de Gramado, Provence e a Rota dos Pintores será apresentado em workshop. O evento acontece no sábado (21). Anne Marie Carrière, da direção de Promoção e Marketing do Comitê de Turismo da Provence Alpes Côte d´Azur e do presidente do Comitê Regional de Turismo da Provence Alpes Côte d´Azur, Marc Coppola apresentará os roteiros.

Durante o workshop, Anne Marie vai apresentar a diversidade da região da Provence através da rota dos impressionistas. A região da Provence Alpes Côte d´Azur é a segunda mais visitada pelos brasileiros na França, que se encantam por sua paisagem natural, cores vibrantes como o tom violeta dos campos cobertos de lavanda, sua luz extraordinária e seus diversos vilarejos de muito charme. Além dos seus atrativos naturais e culturais, a região oferece ainda rotas gastronômicas com degustações de vinhos, azeites, chocolates e produtos típicos locais.
Carrière trabalha a promoção da região no Brasil há cerca de 10 anos e conhece muito bem o gosto do brasileiro no que se refere a preparação de um roteiro, seleção de hospedagens de charme e encanto e excelentes restaurantes.

Os worshops do Festival do Turismo de Gramado serão realizados nas tardes dos dias 20 e 21 de novembro no Serra Park.
Mais informações no site http://www.festivalturismogramado.com.br/ .